O Brasil ganha se participar dos 2 grandes acordos comerciais em
negociação hoje pela maior economia do mundo, os Estados Unidos - com
países asiáticos (TTIP) e com a União Europeia (TPP). Um estudo
encomendado pela Confederação Nacional da Indústria à Fundação Getulio
Vargas coloca em números o potencial de vantagens comerciais que traria o
engajamento nos acordos e a queda das exportações que o papel de
espectador reserva ao país. Quando sair do papel, somente a Parceria
Trans-Atlântica de Comércio e Investimentos entre EUA e União Europeia
representa uma queda de dez por cento nas vendas externas brasileiras.
Os
prejuízos para os exportadores nacionais vão muito além do fechamento de
prateleiras no eixo Atlântico norte, de acordo com o que avaliam os professores Vera
Thorstensen e Lucas Ferras, no documento obtido pela reportagem.
Isso
acontece porque as tarifas praticadas por norte-americanos e europeus não são
tão altas, mas proliferam as travas ao comércio conhecidas no jargão
técnico como "barreiras não tarifárias". São as normas e regulações que
exigem especificações técnicas de produtos como brinquedos, carnes e vários outros.
A ausência do Brasil nas negociações da Parceria
Trans-Pacífico, na qual os Estados Unidos, México e Canadá tentam fechar
um acordo com nove países asiáticos dá uma ideia das perdas brasileiras
versus ganhos dos envolvidos. Um acordo que envolva apenas cortes de
tarifas de importação resultaria numa queda de 0,4% nas exportações
nacionais. Se a ambição aumentar e os países toparem eliminar tarifas e
metade das barreiras não tarifárias, o Brasil deixaria de exportar cinco por cento,
cenário que prevê a entrada da China.
"A entrada em vigor do TTIP
e do TPP implica uma redução dos fluxos de importação e exportação do
Brasil, contribuindo para o isolamento do Brasil do comércio
internacional", afirmam os professores Vera Thorstensen e Lucas Ferraz,
no documento.
fonte: diariodepernambuco
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